MEDICAÇÃO EM IDOSOS
A decisão de instituir um tratamento deve ser individualizada, pesando riscos e benefícios, com uma visão holística das várias variáveis envolvidas.
Idosos apresentam riscos mais elevados de serem vítimas de interações medicamentosas, em função de alterações fisiológicas importantes, que ocorrem com o envelhecimento, principalmente nas funções hepática, renal e cardíaca, além da diminuição da massa muscular, do nível de albumina sérica e da quantidade total de água no organismo.
São 10 as regras de ouro para a correta medicação do idoso:
- Não mude a medicação sem falar com o médico, mesmo que pareça certo;
- O senso comum não costuma funcionar bem com medicações;
- Não reduza, suspenda, aumente a medicação por conta própria;
- A redução muitas vezes parece inofensiva, mas pode ter consequências tão graves quanto adicionar uma nova medicação sem orientação médica;
- Se por acidente faltar medicação ou foi dado de forma incorreta, avise seu médico;
- Pense em ligar ou mandar uma mensagem para o seu médico quando estiver com dúvida, mas não altere a medicação por conta própria;
- Na bula sempre irão constar vários efeitos colaterais mas, na prática, geralmente são pouco comuns;
- O único profissional capacitado para prescrever um tratamento medicamentoso é o médico, pois existem várias doenças diferentes que podem causar o mesmo sintoma, mas possuem medicamentos diferentes;
- Não deixe faltar medicação, a falta abrupta de uma medicação controlada pode levar até mesmo confusão mental grave;
- Alterar a medicação sem falar com o médico é algo potencialmente fatal, expõe o idoso a riscos, constitui maus tratos, passível de punição legal.